Dezessete anos haviam se passado e as lembranças de tudo o que aconteceu na ilha de Ainu pareciam ridiculamente distantes. A vida recomeçava, e novas recordações felizes eram criadas para todos os envolvidos naqueles assustadores incidentes. Muitas coisas haviam mudado, já não éramos mais aqueles adolescentes confusos e loucos, agora tínhamos nossas próprias responsabilidades, trabalhos e filhos.
Era madrugada quando finalmente cheguei em casa, soltei um suspiro cansada, tirando o casaco que pesava sobre meus ombros e o joguei no sofá enquanto despia-me também dos sapatos que apertavam meus pés doloridos. Sentei-me numa poltrona imaginando se Gabriel já havia chegado da empresa em que trabalhava, àquela altura já estávamos casados e tínhamos uma linda menina que mesclava nossas características.
Ultimamente não estávamos tendo tempo para nada devido às incontáveis hora extras que nossos trabalhos nos obrigavam a cumprir e estávamos muito agradecidos por nossos pais nos ajudarem tanto na