JOYCE— Abaixe-se. — Damon ordenou me fazendo arrepiar.Eu me inclinei, não precisei me virar para saber que ele estava me encarando. Soltei um suspiro, sentindo a dor aguda da palma da mão dele na minha bunda.— É melhor você não se curvar com esse vestido. — ele avisou, com um tom sombrio e cheio de promessas.Revirei os olhos, fiquei em pé e alisei meu vestido. O telefone de Damon tocou, desviando sua atenção.— O quê? — ele atendeu, já parecendo irritado.Observei seu rosto mudar. De irritado a sério, ele franziu as sobrancelhas enquanto ouvia.Então ele desligou, toda sua energia tinha mudado.— Tenho negócios para resolver, querida. Chego aí mais tarde.— Você está me deixando ir à balada sozinha vestida assim? — provoquei, inclinando a cabeça. — Espero que ninguém...Eu nem consegui terminar a frase antes que a mão dele estivesse em volta do meu pescoço, apertando-o com força.Meus olhos se arregalaram, minha respiração ficou ofegante quando ele inclinou a cabeça, seus lábios s
JOYCE Mordi o lábio, nervosa. Sei que o Damon quer falar sobre o bebê. Mas não sei o que dizer. Não sei como dizer. Suspirei, peguei minha taça de vinho e fui até a porta quando a campainha tocou.Damon entrou com os dedos já afrouxando a gravata. — Pode começar a falar. — murmurou, jogando a gravata no sofá. Então, ele começou a desabotoar a camisa.— Damon eu...— Por que você fez isso?Meu estômago se revirou. Engoli em seco, sem me virar para ele. — Não sei... Eu simplesmente não estava pronta para um bebê. — admiti, com a voz embargada enquanto sentia as lágrimas queimando meus olhos.— Shhh. — ele murmurou, dando um beijo na minha testa.— Desculpe. — eu disse, enquanto as lágrimas começavam a cair. — Foi egoísmo. Eu não te contei e ainda...— Querida, tudo bem. — ele interrompeu, com um tom mais suave do que o normal. — Não foi egoísmo. É o seu corpo. — Ele suspirou, passando a mão pelo rosto. — É, eu queria que você me contasse, mas se você não estava pronta, não estava.
JOYCE — Querida, é só isso que você trouxe? — Damon perguntou olhando para as sacolas que coloquei na cama como se eu o tivesse insultado.Franzi as sobrancelhas. — O quê?Ele se aproximou, revirou minhas coisas como se estivesse pessoalmente ofendido, balançando a cabeça. — Não, não era isso. Você quase não comprou nada.Dei uma risadinha, dobrando a camisa que comprei. — Damon, não vou gastar seu dinheiro.E assim, de repente, ele caiu na gargalhada, uma gargalhada grave, psicótica e descontrolada. Olhei para ele como se ele tivesse perdido o juízo, o que, sejamos sinceros, já se foi a muito tempo.Ele segurou meu braço e começou a me arrastar para fora do quarto.— Damon, que porra é essa? — gritei, tropeçando atrás dele enquanto ele me puxava por aquela mansão enorme.Descemos as escadas.Depois desce mais escadas.Então... descendo mais uma escadaria.Droga, preciso malhar.— É aqui que você vai me matar? — perguntei secamente, recuperando o fôlego.Damon se virou, sorrindo
JOYCE De volta em casa, deitei na cama, assistindo Netflix, finalmente relaxando. Então, é claro, meu telefone começou a tocar. Suspirei muito alto porque odeio ser interrompida quando estou imersa na minha paz.Peguei meu telefone e era uma chamada de vídeo do Damon. Hesitei por um segundo antes de deslizar para responder.Este homem... Corte de cabelo novo. Terno. Parecendo um modelo. Enquanto isso, eu usava uma camiseta larga, sem sutiã.— Oi, candy. — ele sorriu, seus dentes brancos e perfeitos brilhando na tela.Estreitei os olhos e me sentei na cama.— Oi... aonde você vai com esse visual?— Para um encontro. — ele disse, com toda a indiferença.Eu congelei. Encontro??Eu nem sabia o que dizer. Até que ouvi a campainha tocar.Ah, ele está brincando comigo.Ainda na chamada, saí da cama, pisando descalça no piso de madeira enquanto descia as escadas. Eu destranquei a porta, abrindo-a e lá estava ele.Parado na minha porta naquele terno, segurando um buquê de rosas e sorrindo com
DamonEla é linda.Sentada à minha frente, a luz bruxuleante das velas fazendo suas joias brilharem, aquele vestidinho justo abraçando seu corpo, piercings nos mamilos aparecendo como uma provocação. Acho que ela não tinha a mínima ideia de como me deixava louco.O garçom pousou nossos pratos, mas eu mal olhei para a comida. Meu apetite era por ela. Cortei meu bife, observando-a enquanto ela mergulhava um pedaço de lagosta na manteiga e dava uma mordida.— Você gostou? — perguntei em voz baixa.Ela assentiu, engolindo em seco. — Está bom.— Mas não é melhor que eu. — Dei um sorriso irônico.— Você é tão convencido.Lambi os lábios, ainda olhando para ela. — Não, candy. Só constatando os fatos.Ela desviou o olhar, mas vi o pequeno sorriso que ela tentou esconder.— Conte-me sobre sua família.Ela piscou, como se não esperasse por aquilo. Nem eu, para ser sincero.— Minha família?— Sim. Pais, irmãos, tudo isso.Ela se mexeu um pouco, girando a taça de vinho entre os dedos. — Bem.
DAMON — Alguém está vindo. — ela gemeu, com a respiração trêmula enquanto saltava sobre mim, suas mãos agarrando meus ombros como se ela estivesse se segurando com unhas e dentes.No momento em que ela saiu do elevador, vi aquela saia minúscula e soube que não conseguiria chegar ao meu escritório.Eu agarrei a mão dela, puxei-a para a escada e carreguei aquela coisinha antes que ela pudesse protestar. Agora, lá estava ela... aceitando cada centímetro que eu lhe dava, exatamente como eu queria.— E daí? — resmunguei, agarrando sua cintura com força, puxando-a para mim com mais força, forçando-a a aproveitar cada centímetro.— Amor, alguém está... — ela começou, mas eu a interrompi segurando seu rosto, fazendo-a olhar para mim.— Que porra você me chamou? — perguntei, com a voz baixa e perigosa.Seus olhos castanhos se arregalaram.— Que. Porra. Você. Me. Chamou? — repeti, inclinando a cabeça dela para que ela não tivesse escolha a não ser me olhar nos olhos.— Amor... — ela sussurrou,
JOYCE— Você não é minha mulher? — Ele perguntou lentamente, com a voz sombria e ameaçadora, isso realmente me deu medo de afirmar que não outra vez.— Quer dizer... — Lambi os lábios. — O que somos, Damon? Não conversamos sobre isso.Ele se aproximou, com as narinas dilatadas.— Você está falando sério?Dei de ombros, tentando manter a voz calma.— Damon, você nem sequer entra relacionamentos...— Isso foi antes de você. — ele retrucou, interrompendo-me. Abri a boca, mas ele não tinha terminado. — Eu te fodo, durmo com você, te protejo, cuido de você... Eu até mato por você, Joyce. — Engoli em seco. — E você está me dizendo que não somos nada? — Sua voz estava perigosamente baixa.Exalei bruscamente. — Damon, você nunca disse que éramos alguma coisa. — Suas narinas se dilataram. — Eu não deveria ter que fazer isso.Suspirei. — Damon, preciso trabalhar. O rosto dele ficou sombrio. — Para que diabos você precisa de um emprego?— Porque eu gosto de ter meu próprio dinheiro! Eu g
JOYCE Deitei na cama, olhando para o teto, enquanto a luz fraca do meu abajur projetava sombras suaves ao redor do quarto. Eu não conseguia dormir. Fiquei me perguntando se ele estava bem... se ele estava seguro, se ele estava em perigo, se ele estava bebendo em algum lugar ou fazendo algo imprudente. Mesmo depois do que ele me disse, eu me importava. Mesmo que eu quisesse cortar a garganta dele agora mesmo. Suspirei, virando-me de lado e enxugando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Eu odiava isso. Eu odiava que ele tivesse tanto poder sobre mim. Eu o amo. A compreensão me atingiu como um tijolo no peito. Mas o que ele quer de mim? Ele espera que eu fique sentada esperando que ele leve essa obsessão para o próximo nível? Ele me chama de sua, mas não me reivindica totalmente. Por que? O que estamos fazendo? Virei-me de bruços, enterrando o rosto no travesseiro, meus ombros tremendo enquanto mais lágrimas de frustração e raiva escorriam pelo meu rosto. Eu nem es