DAMON
Me encostei contra a cabeceira da cama, com o telefone em uma mão e a outra acariciando seus cachos macios enquanto ela dormia, seu corpinho encolhido em meu colo, sua respiração lenta e constante. Ela parecia tão em paz.
Eu não a mereço.
Nem um pouquinho.
Voltei para o meu telefone, rolando as negociações comerciais, procurando algo para ocupar minha mente.
Mas não funcionou. Porque eu não conseguia parar de pensar na informação que recebi dias atrás. Eu finalmente descobri porque ela parecia diferente e tensa.
Quando ela não estava falando comigo, eu fazia o que faço de melhor... mandava meus homens segui-la. Eu sabia onde ela ia, com quem estava, cada lugar que ela pisava.
Um desses lugares foi uma clínica. Não uma clínica comum.
No começo, ignorei. Queria que ela me contasse. Mas ela nunca o fez.
Ela acordou, seu corpo se mexendo e seu rostinho sonolento se inclinando em direção ao meu.
Olhos semicerrados, lábios fazendo beicinho, voz doce e preguiçosa qua