A acusação não fez sentido para Guilherme, tampouco para Tábata que se colocou ao lado dele. Supôs que sua mãe, para atingi-la e minar sua relação, movia sua raiva em direção a Guilherme.
— Mãe... — cortou a fala ao receber um olhar azedo, logo se corrigindo: — Agnes, não envolva o Gui nos nossos problemas familiares.
— Como não vou envolver? Minha vida estava calma, sem a sua presença — salientou com um sorriso caustico —, até ele te dar abrigo. — Continuou a apontar o dedo para Guilherme, a voz cortante como uma lâmina afiada. — Você é o culpado de tudo isso. Da renovação da minha humilhação. — Diante da descrença nos olhares deles, explicou com amargor: — Desde que a abrigou, estou recebendo ameaças por telefone.
Claudiano ergueu os olhos, confuso, a voz rouca e hesitante ao questionar:
— Ameaças? Que ameaças, Agnes? Não sei de ameaça alguma.
Agnes riu, um som frio e carregado de desdém. Olhou para o marido como se ele fosse um estranho, alguém que nunca realmente a compreendeu.
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