O quarto de Lean era um refúgio de cores suaves e detalhes delicados. As paredes brancas, adornadas com abelhinhas que pareciam voar em direção ao berço, criavam um ambiente acolhedor e tranquilo para a bebê quando Tábata a colocou no berço de madeira clara.
Naquela tarde, o ambiente sempre acolhedor, não conseguiu desanuviar a mente dela. Ficou um tempo parada ao lado do berço, as mãos apertadas na barra, observando Lean dormir, as mãozinhas rechonchudas repousando sobre o cobertor. Tão frágil, inocente e, felizmente, protegida da maldade que ameaçava a vida delas.
Guilherme entrou no quarto silenciosamente, seus passos cuidadosos para não perturbar a paz da pequena, até parar ao lado de Tábata, repousando a mão suavemente em seu ombro.
— Ela está dormindo tão bem desde que saímos de lá — sussurrou ele, a voz baixa, quase um murmúrio.
Tábata não respondeu imediatamente. Seus olhos amendoados estavam fixos na filha, mas sua mente estava longe, presa no turbilhão de pensamentos dos últ