Dois anos se passaram, mas, mesmo assim, Mariana Guedes ainda se sente devastada pelo abandono do homem que amava e pela perda de seu bebê. Diante disso, reuniu forças e construiu uma nova vida com objetivos simples, nada de relacionamentos sérios e foco no trabalho. Todavia, a chegada de Fernando Mendes, um arquiteto bem sucedido e extremamente sensual, põe abaixo a redoma que Mariana havia erguido para se esconder e se proteger do mundo. Atração, excitação, desejo, volúpia e muita, muita tensão sexual vão rechear o convívio desses dois personagens. Mariana lutará fortemente contra o impulso de se jogar nos braços desse homem forte, determinado e extremamente sedutor; já Fernando não poupará esforços para convencê-la de que é o grande amor de sua vida e que estão destinados a ficar juntos. Venha mergulhar nessa leitura e descubra como será o desfecho dessa história de amor.
Leer másSentiu um leve beijo no rosto, abriu os olhos e viu Fernando, com um olhar preocupado. — Bom dia, meu amor! Está se sentindo bem? — Acho que sim. — sentiu um incômodo na barriga e percebeu que estava com um monitor fetal. Tentou sentar, mas sentiu uma dor no quadril do lado esquerdo. — Melhor não se mexer, você está muito machucada. E a cabeça? — Doendo. Estou me sentindo como se tivessem me passado num moedor de carne, muito dolorida. Aqui dentro parece um parquinho de diversão, ele não para de se mexer. Por que o monitor? O bebê não está bem? — O bebê está bem, mesmo com os machucados, mas os batimentos cardíacos estavam muito acelerados, então o médico está monitorando, você tem que ficar tranquila.
Mariana acordou confusa e aturdida, suas mãos e pés amarrados, além disso, sentia muita dor de cabeça. Sentou-se e tentou identificar o local em que estava e reconheceu o ambiente, era o seu apartamento, mexeu-se um pouco mais e esbarrou em alguém que gemeu. — Droga! O que foi que aconteceu! Era Luíza, que se recostou na parede. — Luíza, você está bem?— perguntou Mariana preocupada. — Acho que sim. E você? Afinal, o que está acontecendo? — Eu fui sequestrada quando saía pra me encontrar com o Fernando. E você? — Eu abri a porta para um carinha que chamei pra almoçar, daí deixei ele entrar e, quando dei as costas
Chegou a casa às 17h em ponto, já estava com o motorista contratado por Fernando, era um senhor muito gentil e solícito. Ele lhe ajudou a tirar suas tralhas do carro, pois estava organizando um novo evento na clínica. Entrou em casa agitada, visto que Fernando tinha lhe dito que iriam a um jantar de negócios num dos hotéis e assim que passou pela sala, ele a aguardava com uma cara de poucos amigos. — Você esqueceu do nosso compromisso? — Não, mas eu tinha uma reunião com um provável sócio da clínica, lembra? Eu falei pra você. Desculpe! — Lembro e quero conhecê-lo, mas agora corra que você só tem 30 minutos! — Eu não posso me arrumar em 30 minutos! Olha, já que não pode se atrasar, você vai na frente e eu vou depois com mais tranquilidade.
Estavam sobre o mesmo teto há um mês, mas Mariana mal lhe dirigia a palavra. Era obrigada a ir para o trabalho com um motorista, sem direito a sair para nenhum lugar, pois precisava se cuidar. Às vezes, conseguia driblá-lo e encontrava-se com Vívian e Luíza. Chegou do trabalho em torno das 18h e Fernando já estava em casa, sentado na varanda bebendo e conversando ao celular. Passou por ele e foi direto para o seu quarto. Tomou um banho demorado, entrou no closet e escolheu um vestido azul claro, leve com detalhes florais na barra, longo e com gola reta. Estava cansada e o banho contribuiu para lhe deixar sonolenta, então decidiu deitar um pouco antes de jantar. Recostou-se nos travesseiros e dormiu. Já eram 19h e nada de Mariana sair do quarto, Fernando resolveu então verifi
Tirando os quatro dias que Fernando ficou para o casamento de Vívian, fazia cinco meses que estava em Portugal. Mariana resolveu deixar tudo o que tinha acontecido para trás e viver uma nova vida. Quando Fernando foi embora, na mesma semana fez alguns exames e descobriu que estava grávida. Deixou claro para Luíza e Vívian que, por enquanto, não contaria nada para ele, pois Margô estava prestes a ter o bebê, decidindo, assim, o rumo que Fernando daria à sua vida. Dessa forma, não queria ser outro problema em sua vida. Após o trabalho, marcou um happy hour com suas amigas, na cafeteria ao lado da clínica. — Mariana, parece que o parto da Margô vai ser essa semana. O que vai fazer se o bebê não for dele? — pergunt
Faz quase dois meses que Fernando viajou e até agora não retornou. Ligava todos os dias, mas Mariana recusava-se a atendê-lo. As suas mensagens eram apaixonadas e desesperadas. Nunca pensou que sentiria tanta falta das brigas, do seu cheiro, dos beijos, das tulipas e, principalmente, do seu amor. Desde a sua partida saía à noite todos os dias, sua alma, como diriam os grandes poetas do passado, transbordava de dor. Estava cansada de tudo e de todos. A porta do seu quarto foi aberta subitamente, atrapalhando os seus pensamentos. — Mariana, pode se levantar agora! Eu já estou de saco cheio desse drama mexicano, como bem diz Marcelo. O Fernando está em Portugal, mas a vida continua! Levanta agora! Vamos beber, chorar e superar o sofrimento. — falou Vívian. — Não! Eu não quero! — Cinco minutos, na sala! —
Acordou feliz e espreguiçou-se, virando-se de lado à procura de Fernando. Surpreendeu-se com um buquê de tulipas vermelhas. Mariana riu e sentou na cama. — Por que está rindo? — Fernando estava em pé na porta com uma bandeja de café da manhã. — Você tem uma cor de tulipa para cada ocasião? Qual o significado da tulipa vermelha? — Ela significa amor verdadeiro. E sim, eu tenho uma cor para cada ocasião. Essa é a nossa flor, a flor que representa o que eu sinto por você. — Por que tulipas? — Porque tulipa significa ‘amor perfeito’, já disse que você é minha tulipa. Desde o primeiro dia em que eu te vi, imaginei que seria assim, essa ambivalência de sentimentos, bonito, louco, triste, intenso, às vezes feio, ou seja, vermel
Mariana passou o dia inteiro no quarto, bem como a noite. Fernando insistiu por horas implorando que abrisse a porta, assim como Luíza e Vívian. Ouviu discussões, gritos estressados, vozes conciliadoras, mas nada a fez mudar de ideia. Precisa se renovar, era uma pupa e, até virar borboleta, demoraria um pouco mais. O dia raiou, mais um dia. Levantou-se, olhou-se no espelho e se assustou, estava terrível. “Feliz aniversário, Mariana!” Tomou um bom banho, maquiou-se, caprichou para esconder todas as olheiras, escolheu um vestido branco estampado e uma sandália alta branca. Gostou do resultado, não parecia mais um corpo sem alma. Saiu do quarto e ao entrar na sala deparou-se com vários rostos preocupados, dentre eles, o de Fernando. — Bom dia! Desculpe ter preocupado todos vocês, mas eu já estou bem, ok? — evitou o olhar de Fernando. —Vou trabalhar, mais tarde nos vemos. Só para confirmar, a s