Faz quase dois meses que Fernando viajou e até agora não retornou. Ligava todos os dias, mas Mariana recusava-se a atendê-lo. As suas mensagens eram apaixonadas e desesperadas. Nunca pensou que sentiria tanta falta das brigas, do seu cheiro, dos beijos, das tulipas e, principalmente, do seu amor. Desde a sua partida saía à noite todos os dias, sua alma, como diriam os grandes poetas do passado, transbordava de dor. Estava cansada de tudo e de todos. A porta do seu quarto foi aberta subitamente, atrapalhando os seus pensamentos.
— Mariana, pode se levantar agora! Eu já estou de saco cheio desse drama mexicano, como bem diz Marcelo. O Fernando está em Portugal, mas a vida continua! Levanta agora! Vamos beber, chorar e superar o sofrimento. — falou Vívian.
— Não! Eu não quero!
— Cinco minutos, na sala! —