A manhã na faculdade corria tranquila, e pela primeira vez em semanas, Abigail conseguiu se concentrar de verdade nas aulas. Havia algo reconfortante naquela rotina simples: os cadernos abertos, as vozes dos professores ao fundo, os colegas comentando sobre projetos. Era como se o mundo estivesse, aos poucos, voltando ao eixo. Ela tentava acreditar nisso.
Mas não sabia que, do outro lado da cidade, o mundo de Sérgio girava de forma bem diferente.
Na sala do escritório de Marcos, Sérgio andava de um lado para o outro, os braços cruzados e a expressão carregada. Marcos, sentado à frente do notebook, analisava uma planta do prédio com atenção.
— Já falei com o porteiro. Se algum rosto estranho aparecer rondando de novo, é pra me ligar direto, sem escalas — Marcos informou.
— E os seguranças na entrada? — Sérgio perguntou, ainda inquieto.
— A empresa de monitoramento reforçou a equipe no prédio, e na faculdade coloquei mais um disfarçado sem que ela saiba que ele estará lá. Ele já fo