No dia seguinte, Abigail estava no quarto arrumando suas coisas. Marcos já havia voltado de viagem e poderia aparecer a qualquer momento. Rose a ajudava com a organização — por sorte, Abigail não tinha comprado muitas coisas durante sua estadia, então o processo seria rápido. Ainda assim, cada peça dobrada parecia um lembrete silencioso de que aquela convivência breve estava chegando ao fim.
Enquanto conversavam baixinho, um som conhecido interrompeu o momento: duas batidas na porta.
— Pode entrar — Abigail disse sem sequer levantar os olhos, ela já sabia quem era.
— Marcos ligou. Disse que chega em quinze minutos — informou Sérgio, abrindo a porta com cautela.
— Tudo bem, obrigada — respondeu ela, mantendo a cabeça baixa enquanto dobrava uma blusa.
Sérgio soltou um longo suspiro. Nenhum dos dois disse mais nada. Ele apenas assentiu e fechou a porta atrás de si, deixando um rastro de silêncio e um leve desconforto no ar.
— Você vai ficar bem? — Rose perguntou, olhando para Abigail com