— Quem não quer esperar aqui é você, esposa. Mas não se preocupe. O dia de eu fodê-la vai chegar. Só que não é você que escolherá quando será. Isto é só mais uma lição para que aprenda que quem decide as coisas aqui sou eu.
— Já aprendi uma — se aproximou de mim o suficiente para que eu ouvisse o som pesado e irregular da sua respiração. — Que o corpo é meu.
“Meu”. Eu não gostava daquela palavra. Preferia pronomes possessivos que me incluíam. Testei o fôlego dela como quem calibra uma arma:
— Seja uma boa esposa troféu. Se nada der errado na festa, terá sua tão sonhada noite de núpcias.
Ela abriu a boca para responder. Mas algo a fez calar-se. As palavras morreram em sua garganta. E um sorriso vitorioso surgiu em seus lábios. E eu n