O frio do mármore contra minhas costas queimava. O choque do impacto ainda reverberava no meu corpo, como se cada nervo tivesse sido aceso. Zadock Asheton não era apenas um homem: ele era a personificação de tudo que eu sempre temi e, ao mesmo tempo de algo que eu nunca ousei desejar.
Sua voz roçou meu ouvido:
— O que ele te prometeu? Dinheiro? Proteção? O que vale o risco de se meter comigo?
Meu corpo reagiu antes de mim. Um gemido baixo, involuntário, escapou dos meus lábios. Vergonha e prazer se entrelaçaram como correntes invisíveis. Eu não sabia mais o que era medo e o que era desejo. E Deus... como ele sabia que eu era uma fraude? Do que, exatamente, estava falando?
— Por favor… — balbuciei, odiando o som suplicante da minha própria voz.
Meus quadris traíram minha mente e se arquearam contra ele, buscando contato. N&atild