O silêncio da suíte era total e absoluto. E eu já estava acostumada com aquilo. E dali de dentro, eu ainda conseguia ouvir o som do carro explodindo, o fogo surgindo do nada, tomando conta da ponte. Sirenes, gritos de desespero... tudo ainda era vívido na minha mente.
No entanto eu tentava me manter firme, e dizia para mim mesma que tudo fazia parte do show de Zadock. Ele queria me amedrontar e ter total controle sobre mim.
A banheira foi enchendo lentamente, de forma tranquila, sem pressa, como tudo por ali. Entrei, primeiro um pé, depois o outro, até a água me receber por inteiro. A temperatura quente demais ardeu a pele e... gostei da dor. Era como se eu precisasse dela, uma dor que não viesse dele.
Afundei um pouco o corpo, deixando que as ondas leves cobrissem meus ombros e fechei os olhos. Como química, eu sabia que a água era a molécula mais simples e, ao mesmo tempo, a mais