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A mão que aplaude e a que ordena (II)

— Zadock… — ela sussurrou, quase sem som, a boca mal se mexendo.

Eu conduzi o resto. Precisão era a diferença entre barulho e vitória.

No palco, Valente improvisava, falando de “parcerias”, de “futuro”, de “responsabilidade compartilhada”.

Caliana embaralhou os dedos no linho, como se procurasse terra firme. O cristal tocou o prato com um tinido quase inaudível. Eu senti quando ela atravessou a última barreira do prazer. Seu corpo inteiro se contraiu e logo depois, desfaleceu sob meus dedos. Ela vibrou, sem dar um gemido sequer. Um orgasmo silencioso, para uma plateia invisível aos nossos olhos.

O rosto dela voltou ao neutro, treinado, o olhar úmido, sem derramar uma lágrima. Ela aprendeu!

Aplausos de novo. Agora para o presidente, que, aliviado, encontrou mais uma frase de efeito. Apontei então para o corredor. Levantei-me com calm

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