Quando ninguém mais o insultasse.
Nem pensasse nele.
Era aí que uma pessoa realmente desapareceria deste mundo.
Esse era o verdadeiro fim da morte.
Sílvio sabia que, nos insultos dela, havia acusações e insatisfações, mas, acima de tudo, havia arrependimento, relutância e saudades.
"Se o meu avô ainda estivesse vivo..."
Se o avô dele ainda estivesse vivo, ele não teria ido para o campo na infância participar daquela atividade de sucessão, tampouco teria encontrado Aurora, muito menos teria surgido entre eles um laço de gratidão pela vida salva.
Ele também não teria confundido a mulher dos seus sonhos, nem teria erroneamente tomado Lívia como uma substituta.
- Você está certa. - Sílvio olhou para Eduarda, pequenina e frágil, mas ainda cheia de vitalidade, e suspirou. - O avô merece ser repreendido!
O rosto de Eduarda imediatamente se contraiu em descontentamento e ela ergueu a cabeça, o dando um tapa.
- Garoto insolente! Seu avô é meu marido! Eu posso o repreender, e você?!
Sílvio riu c