Seus olhos se voltaram para minha faca, antes de voltar para os meus, seu queixo desalinhado relaxado, toda a sua postura não ameaçadora. Mas eu sabia melhor. Ela aprendeu a rapidez com que ele trocou em primeira mão, e não tinha a menor intenção de respirar com facilidade, desde que ele estivesse a pelo menos de um metro e meio de mim.
Ele não falou uma palavra, apenas olhando para me com aqueles olhos enervantes. Eu sabia o que ele estava tentando fazer. Agitar-me. E mesmo que funcionasse, eu não deixei transparecer.
— A maneira como você escalou as paredes.
Comecei, em um tom de conversa tão falso que eu podia revirar os olhos.
— Você acabou de confirmar o que eu sempre soube que você era.
Ele apenas levantou uma sobrancelha solitária.
— Um predador.
Eu forneci, sorrindo vigorosamente para ele.
O lado de seu lábio com a maldita cicatriz se contraiu, seus olhos nunca perdendo a dureza.
— Predador.
— Ilusões de grandeza.
Eu assenti, ignorando a maneira como a inte