Embora a cama seja, gigante, macia, maravilhosa —nunca me deitei numa cama tão confortável em toda a minha vida— eu acordo sobressaltada no meio da noite por causa de um sonho perturbador: Eu me vi no meio do deserto sozinha ao longe uma tempestade de areia se aproximava pronta a me engolir. Eu tentava me afastar dela, correr o mais depressa possível, mas meus esforços eram inúteis. Minhas pernas afundavam na areia quente e não conseguia me afastar dela.

Solto o ar lentamente tentando afastar as imagens da minha impotência presa na areia escaldante do deserto. Quando puxo o ar novamente sinto o cheiro da essência e especiarias que sai do bukhur, fazendo com que minha sensação de tristeza aumente e eu me sinta ainda mais longe de casa. Quase choro de extrema frustração, resmungando, giro minha cabeça e foco o relógio digital em cima do grande criado-mudo. Quatro horas da manhã.

Acerto meu travesseiro com raiva e choro silenciosamente.

Por que ele não podia ser perfeito?

Estávamos tão f