A tarde em Washington parecia se arrastar no apartamento abafado, as janelas fechadas por causa do frio que fazia lá fora. Maeve, sentada na poltrona de couro clara, observava o vai e vem dos carros lá embaixo. O silêncio era quase absoluto, exceto por um zumbido distante vindo do ar-condicionado central do prédio. Asher havia saído para uma reunião com o pai e o senador Thorne, e Maeve se via, pela primeira vez em dias, completamente sozinha.
O celular vibrou ao seu lado. Uma mensagem.
“Oi, Maeve. Tá tudo bem? Você sumiu. Só queria saber se está viva.”
Liv.
Maeve ficou olhando para a tela por longos segundos. Parte dela quis responder imediatamente, dizer que estava bem, que estava segura. Mas outra parte se perguntou se era verdade. Estava bem? Estava segura? Apagou a notificação, sem responder.
Foi quando a campainha tocou.
Ao abrir a porta, deu de cara com a bruxa que conhecera na casa de Edgard, Elena. Ela era mais alta do que Maeve se lembrava, mas sua altura era amenizada por t