Abraçaram-se na portaria do edifício de Marina para um beijo de despedida:
— Amanhã não poderei vir. Vai sentir saudades?
O rosto dela expressou a decepção.
— Por que não poderá?
— Amanhã vou cobrir o turno de um colega, então não sairei antes da meia noite.
Marina se apertou a ele, afundando o rosto em seu peito.
— Quero ver você amanhã, Marcelo.
Marcelo ergueu o rosto dela com a ponta dos dedos.
— Eu também quero ver você, amor, mas precisarei dormir. — O semblante dele tornou-se maroto: — A não ser que você tenha algo melhor a oferecer do que apenas uma boa noite de sono.
Ela abanou a cabeça negativamente, sorrindo.
— Nada? — Ele fez um muxoxo. — Seu poder de barganha não é muito bom.
— Por que não posso simplesmente ir para a sua casa e ficar com você lá? Ainda não conheci seu apartamento.
Marcelo fixou o olhar azul na namorada.
— Você quer dizer, dormir no meu apartamento? Somente dormir?
— É. Para ficarmos juntos.
Ele moveu levemente o rosto, erguendo as sobrancelhas:
— Você ach