Uma nuvem de cansaço me dominava quando senti uma mão quente no ombro e a voz de Eduardo invadindo meus sonhos, pedindo para eu acordar. Quando abri os olhos, dei de cara com o rosto dele tão próximo que esqueci de respirar.

Por um instante, fiquei presa no seu olhar, e o perfume dele me envolveu — um cheiro que lembrava algo cítrico e amadeirado. Por uma fração de segundo, percebi seu olhar descer para a minha boca. Não conseguia encontrar palavras, não conseguia me mexer. Nos encaramos por mais tempo do que o necessário… mais uma vez.

Então, Alice falou alguma coisa, quebrando o encanto. Levantei-me depressa, desviando o olhar e sentindo o coração disparado. O que estava acontecendo comigo? Não podia me sentir assim… Não por ele.

– Já vamos – murmurou Eduardo, por fim.

Enquanto tentava organizar as coisas para ir embora, percebi que as crianças não só estavam acordadas, mas também tinham tomado banho e recebido alta do médico, meu sono tinha sido tão pesado que acho que tinha desma