Parada do outro lado do balcão branco da cozinha, ela apertou mais os punhos, seus olhos presos ao homem que com a toalha enrolada na cintura revelando os músculos definidos do abdômen. As gotas d'água caíam das mechas curtas do cabelo, deslizando pelos músculos do peitoral até o abdômen reto.
— Não me julgue, — Ela rompeu o silêncio inquietante, sacudindo a faca no ar. — Os Zucconi roubaram muita coisa de mim.
— A Emma não tinha nada a ver com isso, — chiou Matteo.
— Disse o homem que a usou para obter vantagens na empresa dos Zucconi, — alfinetou Gustava.
Matteo não se manifestou. Em vez disso, deu as costas.
— Não aguenta ouvir a verdade, — ela provocou em voz alta, seus olhos observando as costas largas e molhadas do homem que se retirava. — Volte aqui!
Segurando a faca, ela foi ao encontro dele. Matteo aumentou as passadas em direção ao quarto. Tinha que acabar com tudo antes que se tornasse a próxima vítima.
Quando Gustava entrou no quarto, ele já estava vestindo as calças.
— Pen