Waleska Velasco
O bom de voltar para casa era ter as mulheres que mais amava por perto: minha mãe e minha irmã. A parte ruim era não ter Rocco e seu olhar de um azul imenso sobre a minha pele. Não ter seu toque forte, aveludado e preciso no meu corpo. Talvez, neste momento, estivesse chateado comigo, mas ele não poderia me fazer escolher entre minha família e ele.
Sentei-me no sofá, com Antonella de um lado e minha mãe do outro. Me abracei às duas. Por um momento, Asunta tirou a expressão carrancuda da face. Se levantou, deu um beijo em minha testa, pediu a bênção a minha mãe e logo se recolheu para dormir.
No sofá, somente minha mãe e eu. Ela sorriu de lado e encostou minha cabeça em seu ombro.
— Não liga para Asunta. — Afagou meus cabelos.
— Do que a senhora está falando?
— Já tinha aceitado que, quando viesse em casa, seria apenas para pegar todas as suas coisas.
— A senhora quer se livrar de mim, é? — fiz-me de desentendida.
— Não, filha! Nunca. Mas sei que criamos os filhos para