Klaus já estava de volta em casa e todos ficaram cuidando dele. Clarice às vezes o olhava com aqueles verdes nebulosos que clareavam lentamente quando ele segurava sua mão e puxava para perto dele.
- Não fique assim, minha ruiva. Eu amo tanto você.
- E mesmo assim...
O choro de Clarice era ouvido pelos filhos e por quem mais estivesse no apartamento de acordo com o teor da conversa entre eles. Ele se sentia pequeno nessas horas. Sabia que era um sofrimento profundo com todas aquelas lembranças povoando a sua cabeça. Nunca parou para pensar nos efeitos colaterais.
Então ela chorava de soluçar até adormecer com a cabeça sobre o peito de Klaus.
- Pai, quer comer?
- Traga só um suco. Não quero acordar a sua mãe.
- O que houve? Dava para ouvi-la da sala soluçando.
- Tem coisas erradas que eu fiz e que ela nunca irá esquecer. Não a acorde.
- Tudo bem. Mas vocês estão bem?
- Sim. Estamos muito bem. Só passando por um momento tumultuado por ca