Não demorou muito para que Catarina adormecesse e começasse a sonhar. Em seus sonhos ela estava de volta ao tempo de colégio e chegava caminhando debaixo de uma fina, de botas de cavalaria, um sobretudo na altura do quadril preto e usando um guarda-chuva grande vermelho que chamava atencao de longe.
- Sua prima?- É. A excêntrica mal humoradinha. Cuidado com ela.- Eu sei. Já levei duas portadas por pedir um beijo depois de entregar algo que mamãe mandou para Dona Olga.- Folgado! Vá com calma! Mais se está mesmo interessado, termine com a Nojinho. Ninguém da sua família gosta dela. Por quê continua?- Na falta de coisa melhor eu fui ficando...- Machista! Paga logo uma puta.- Com que dinheiro? Além disso, aqui só tem puta velha.- Caramba, Felipe! Hoje você está foda.- Eu não tenho escapatória. Eu a acho linda e talentosa, mas ela só tem quinze anos. Vai dar merda. Seu tio me mata se eu atravessar a