POV: HAPHEL
O peso da respiração era sufocante. Girei para o lado no instante em que as presas vinham em minha direção. Alcancei o extintor, a mão trêmula, e o acionei sem hesitar.
— Toma isso, cadela maldita! — cuspi as palavras.
Descarreguei o pó branco no focinho dela no instante em que saltava sobre mim. O rugido furioso de Verônica ecoou, abafado pela nuvem espessa. Aproveitei a brecha e arremessei o extintor com força contra o focinho dela, sentindo o impacto reverberar no braço.
Corri sem pensar, sem olhar para trás, forçando cada músculo como se minha vida dependesse disso e dependia. O ar queimava meus pulmões, o coração martelava descompassado, o veneno latejava nas veias, deixando minhas pernas pesadas.
— Eu não vou morrer neste maldito jantar… não sem vingar minha mãe! — gritei, a voz arranhada pela mistura de raiva e desespero.
Passei por um corredor estreito de flores, os espinhos rasgando minha pele exposta, deixando uma trilha ardente no caminho. Ofegante, me apoiei po