POV: HAPHEL
Mas antes que pudesse reagir, algo estranho percorreu meu corpo. Um calor súbito se espalhou, meus músculos pareceram perder firmeza e minha visão começou a se duplicar. Pisquei várias vezes, fechei os olhos e sacudi a cabeça, tentando clarear os sentidos.
— Você me drogou? — A voz saiu mais alta do que queria, tremendo entre indignação e medo. — O que tinha nessa bebida?
— Você deveria saber que não é bem-vinda aqui, ômega. — Ela rosnou, o aperto das garras afundando na minha pele enquanto me puxava à força para um corredor escuro.
O calor no meu corpo estava sufocante, como se a febre queimasse por dentro. Suor frio escorria pela minha nuca, minhas mãos estavam trêmulas e os joelhos ameaçavam ceder. A respiração saía rápida e irregular, como se o ar não fosse suficiente. Minha cabeça girava, a visão oscilando, como se estivesse bêbada.
— Verônica... o que está fazendo? — Murmurei, com a tensão subindo, tentando arrancar meus braços do aperto dela. — Belmont vai te matar