POV: HAPHEL
— Vai precisar fazer muito mais que berrar para isso acontecer, papai. — Estalei a língua e o empurrei contra a parede do labirinto; o impacto tirou o ar dele, fez o corpo dele bater com força. O gosto frio do sangue e da poeira encheu minha boca por um segundo.
Antes que eu conseguisse desferir o golpe na cabeça, ele segurou meu pulso com brutalidade e me puxou. Um soco nas costelas pegou em cheio; a dor explodiu e correu pelo corpo, me dobrando. Arfei, os dedos crispados, e por pouco desviei do movimento que mirava minha nuca, por pouco. Senti a mão dele quase alcançar, quente e
ameaçadora.
Fui mais esperta.
Deslizei rápido, derrubando-o com uma rasteira precisa. O som do impacto ecoou, seco, quando seu corpo caiu contra o chão encharcado de sangue e poeira. Caminhei devagar em sua direção, cada passo firme, marcado pela fúria e pelo controle que queimavam dentro de mim. Ele recuava pelos cotovelos, os olhos arregalados, tentando escapar, mas já era tarde.
— Você se torn