Minha garganta doía por causa do esforço que fiz para gritar. O tempo parecia ter se congelado, então eu escutei a voz do Lúcius na minha cabeça.
– Lembre-se de onde vem sua força, Karolina. – Ele disse quando estávamos de mãos entrelaçadas no topo da colina.
De onde vem minha força?
– Sua força vem da mente. – Meu tio falou enquanto estávamos ao redor da fogueira.
Arlete golpeou novamente, mas agora o alvo era no meu coração.
Levante-me, ficando ainda com o corpo um pouco inclinado, coloquei o braço já perfurado na frente bloqueando a faca, que perfurou novamente meu bíceps, a faca ficou encravada na minha pele e em um grunhido, soltei a mão esquerda da corda que já havia se transformado em garra preta, meus olhos brilharam e eu segurei a carroça somente com uma mão.
Um rugido de fúria e dor saiu da minha garganta.
– AAAAAAAHHHHHH.....
Enfiei minhas garras no maxilar da Arlete, segurei sua boca e puxei para baixo. Seu rosto ficou desfigurado sem o maxilar, ela tentava segurar a língu