A Suprema Alfa
A Suprema Alfa
Por: Augusta Andrade
Capítulo 01

– ACORDA! – Escuto um dos lobos soldados me chamar pela porta do porão após eu despertar de mais um dos meus pesadelos com a aquela que eu orava e era devota, a Deusa da Lua, que de boa não tem nada. Suspiro

e me levanto do resto de colchão que estava dormindo, sentindo algumas dores no corpo devido à fraqueza e ao cansaço. – Já escureceu e você ainda está dormindo? – Os lobos são noturnos, então dormimos durante o dia e à noite ficamos acordados. - PREGUIÇOSA! – Ouço aquele cão sem dono esbravejando e batendo na porta.

– DESTRANQUE A PORTA, PRIMEIRO PARA QUE EU POSSA SAIR, SEU RETARDADO! – Grito dentro do meu "quarto do castigo" já sem paciência, e meus "amiguinhos", os ratos e as baratas, se escondem.

Logo, a porta abre bruscamente e o cão sem dono aparece fervendo de raiva. Ele parece um brutamonte com uma cicatriz que começa na testa e passa pelo olho esquerdo até o meio da bochecha de uma briga que teve com lobos de outra alcateia que quase o deixa cego, o peito estava descoberto era musculoso e cheio de cabelos que iam até a virilha coberta com uma calça de couro e de botas pesadas. Algumas lobas da nossa alcateia adoravam aquela brutalidade dele, mas quem ia pra cama com esse homem se arrependia por causa da violência, Bruthus, como o nome já indica, é violento, às vezes b**e até a loba perder a consciência, sua própria companheira fugiu, e agora ele é um cão sem dono.

Ele me pega pela garganta e aperta, me batendo contra parede e me deixando sem ar. – Está pensando que é quem para falar desse jeito comigo? Puta!

Puta... Odeio esse nome! Sempre me chamam assim.

– Não se esqueça de que você não passa de uma escrava do Alfa, de uma putinha! Quer ficar aqui mais alguns dias? Se bem que aqui é o lugar ideal para você, na podridão, assim como você é: podre! – Já estava ficando sem ar, queria revidar, mas não podia, não posso, pois eles sabem minha fraqueza e usam isso para que possam me controlar, me deixar submissa. 

INFERNO DE VIDA!

Quando eu já estava quase inconsciente, ele me solta, caio no chão e levo um chute na barriga.

– Vamos! Levanta! O Alfa quer te ver.  – Mesmo fraca por causa da pouca comida que quase não recebi durante três dias nesse porão (cativeiro), tossindo sem parar e dolorida, eu me levanto e sigo-o.

A alcateia está sendo iluminada por tochas, as casas são feitas de pedras, algo bem rústico, ela era limpa e organizada, pois os lobos adoram limpeza, por isso que meu "quarto do castigo" é bastante imundo, uma maneira que o Alfa tem de me humilhar quando eu faço algo que o desagrada, meu último castigo foi ter dito para uma filhote, da qual mexeu com quem não devia, que eu estava vendo um vampiro na floresta e ele queria sugar o sangue dela, a peste ficou com tanto medo que teve pesadelos e contou para sua mãe quem disse isso e, claro, fui castigada.

Quando entro no salão principal (onde a alta sociedade se reúne) sou direcionada para uma sala específica, a maior de todas, a sala do Alfa. Suspiro, baixo a cabeça e entro. Mesmo de cabeça baixa eu o sinto me encarando do outro lado da mesa, ouço passos dele dando a volta e ficando na minha frente, ainda de cabeça baixa vejo suas botas de couro bem trabalhadas, até que sinto suas garras no meu queixo forçando minha cabeça a levantar.

O Poderoso Alfa da nossa alcateia, o mais forte e mais temido dessa aldeia, abaixo dele, a segunda no comando, está a Luna, pois as fêmeas sempre estão abaixo dos seus companheiros machos na nossa hierarquia. Ele está todo coberto com um manto marrom escuro, mas há uma pequena gola aberta que vai até quase o meio do peito mostrando um pouco de seus músculos e alguns cabelinhos saem de lá, as mangas que cobrem os braços parecem que vão rasgar por causa dos músculos, o corpo não é tão grande quanto o de Bruthus mas sua áurea mostra que ele é mais poderoso que o cão sem dono. Quando olho pra cima vejo seus olhos castanho-claros me encarando com arrogância, barba por fazer, cabelos loiros bagunçados e pele clara, a masculinidade exala nele.

– Você está fedendo. – É a primeira coisa que o cretino diz. 

– Está mais magra... Não está tão bonita assim, Karolina. – Como eu poderia estar bem depois de ficar dias trancafiada naquele porão imundo e sem comida?

– Desculpa, meu Alfa. – Respondo, não quero desafiá-lo, não enquanto ele usa minha fraqueza contra mim.

– Parece que aprendeu a se comportar, esses três dias foram o suficiente ou precisa de mais? – Meu coração acelera só de pensar em ficar mais tempo no cativeiro e longe dela.

– E-Eu aprendi meu erro, meu Senhor, prometo que não irá mais se repetir... – Engulo o nó na garganta.

– Assim espero, Karolina. – Ele solta meu queixo e caminha de volta para sua cadeira atrás da mesa. – Vá, tome um banho que esse cheiro está me deixando enjoado e prepare minha janta, estarei esperando você no "nosso quarto". – Me estremeço quando escuto essa palavra, a noite vai ser longa...

– Vamos, menina, apresse-se, não deixe o Alfa esperar muito tempo! – A dona Tâmara fala me ajudando com a janta do digníssimo. Algumas escravas, as que não tentam agradar seus senhores e senhoras para terem benefícios, ou que são consideradas feias e velhas o suficiente que não chamam atenção de um lobo tarado são, portanto, gentis comigo, me tratam com respeito, uma delas é a dona Tâmara.

– Calma! Não me apresse! – Falo enquanto belisco algo.

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Em frente à porta do “nosso quarto”, deixo a bandeja na mesinha ao lado, na varanda, e bato na porta para ter permissão de entrar, ele aparece já zangado, pois o deixei esperando um pouco, mesmo assim me deixa entrar.

– Desculpe o atraso, senhor. – Digo depositando a comida na mesa de madeira que fica do lado esquerdo enquanto uma cama de casal fica do lado direito.

Após sua refeição e de me advertir por ter me atrasado alguns minutos, ele se levanta e vem até o canto onde estou de cabeça baixa, levanta minha cabeça e suas garras apertam meu maxilar.

– Karolina, eu deveria matá-la pela sua audácia, ou cortar sua língua por falar demais, até os meus Bethas você desafia...! – Ele deve estar falando do que ocorreu no porão, aquele cão sem dono do Bruthus, fuxiqueiro! – Não vai dizer nada?

– Des-desculpe, senhor.

– É só isso que você sempre tem para me dizer? Não sei quantas vezes você já me pediu desculpas e logo em seguida grita com alguém, b**e em alguém e até xinga, ameaça, até mesmo uma filhote você ameaçou. – Tenho vontade de revirar os olhos quando ele fala dessa pirralha pulguenta, mas permaneço neutra e continuo o encarando. Ele tira a mão do meu maxilar e vai para o meu cabelo que está preso em um coque e com uma das suas garras ele desamarra deixando o cabelo cair até a cintura, então o lobo pega uma das mechas e cheira. Os olhos castanho-claros começam a brilhar, logo eu entendo o que significa... desejo.

Ele pega meu cabelo atrás da cabeça com força, envolve seu antebraço na minha cintura e me puxa com força contra seu corpo.

– Karolina, sua desgraçada! Você é uma praga nessa aldeia! A pior escrava que já comprei! Desobediente, que não quer se submeter aos habitantes daqui, desgraçada! – Ele toma minha boca com a ferocidade de um lobo faminto e força passagem, com isso me beija, desce a mão que estava na minha cintura para a bunda e morde meus lábios com força me fazendo gritar e empurrá-lo.

– Fique quietinha se não quiser apanhar... – Obedeço. Então, com suas garras, ele rasga minha roupa e fico nua, poucos segundos depois o macho já está nu com o pau dele mirando na minha direção, sem deixar de me encarar.

Sou jogada na cama e o sinto em cima de mim abrindo minhas pernas no percurso. 

O macho novamente me beija enquanto passa a mão direita pelo meu corpo e a esquerda é usada para se apoiar. Beijando-me, ele me penetra com toda vontade e força que estava controlando durante esses dias. Ele passa horas assim, me submetendo a várias posições enquanto se enche de prazer... Enquanto eu não sinto nada além de ardência no canal vaginal.

Quando finalmente o lobo chega ao ápice, gozando dentro de mim, ele se vira para o outro lado da cama. O deixo quieto e relaxado por alguns minutos enquanto crio coragem de fazer a pergunta que mais me atormenta durante dias.

– Lúcius...?

– Humm? - Ele responde com os olhos fechados, então eu continuo a falar, preciso saber onde ela está, meu ponto fraco, a razão por eu ter amedrontado a lobinha pirralha, que ousou arranhá-la, ainda a chamou de filha de prostituta, preciso saber o que aconteceu com ela ou vou enlouquecer, ela é tudo que tenho, que me dá esperança, é meu ponto fraco, mas também é quem me dá força apesar de ter apenas 5 anos de idade.

– Cadê a minha filha?

Ele olha pra mim e fala:

– NOSSA FILHA, você quer dizer...

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