A comitiva de carros pretos entrou pelos portões da mansão, e o carro onde estava o chefe parou de frente a entrada da mansão onde estavam os criados em fila aguardando para receber seu patrão.
A porta do carro foi aberta por um dos seguranças e de lá Desceu o homem de terno preto, cabelos pretos curtos num penteado simples mas elegante que combinava perfeitamente com seu rosto masculino, dono de um belo par de olhos azuis e um corpo com ombros largos e braços firmes assim como suas pernas. –Seja bem vindo Senhor Giovanni!– saudaram os criados num tom ordenado assim como suas posturas. O homem apenas fez um aceno de cabeça respondendo a saudação. –Seja bem vindo mestre.– Saudou o mordomo se aproximando do homem. –Gabriel!– Giovanni tirou um sorriso simples ao ver o homem mais velho, e abriu os braços indo até ele lhe dando um abraço e dois beijos no rosto. –Você organizou tudo isso? Deve tirar umas férias para descansar um pouco.– disse caminhando para dentro da mansão com seu braço sobre o ombro do homem mais velho e entraram na mansão com seu assistente atrás deles. Giovanni conversou com seu mordomo em seu escritório recebendo um relatório de como estavam todos os negócios da família ali na capital e logo lhe informou que havia organizado um jantar em homenagem a seu regresso. –um jantar? Não é para tanto, só fiquei fora por 6 meses, mas se você insiste e se deu a todo esse trabalho, está bem.– disse fechando a pasta de documentos e se levantou. –eu gostaria de dar uma volta na cidade antes, senti muita falta do meu país e principalmente desta cidade.– disse olhando pela janela do escritório de onde dava para ver apenas a extensão de sua propriedade. –Com certeza senhor– ..... Apos o jantar que tinha corrido bem, Giovanni entrou em seu quarto e tirou seu palitó e colete sentindo um alívio por finalmente estar sozinho e poder descansar. O homem tirou sua camisa social expondo seu corpo musculado cheio de arranhões, cortes, cicatrizes e alguns curativos, e suspirou ao sentir um dos curativos húmido de Sangue o que o fez se lembrar que durante a tarde Antônio o lembrou de os trocar quando chegou mas ele o ignorou. Giovanni caminhou até o criado mudo e clicou num botão do telefone que estava ali. –mande trazerem um quite de primeira socorros– –Sim senhor.– respondeu a voz do outro lado. Giovanni foi para o banheiro, terminou de se despir e entrou na banheira preparada com a água morna que fez seus músculos tensos relaxarem. ..... Assim que o jantar terminou e todos os convidados foram embora e o Patrão foi para seu quarto, Elisabeta correu para o quarto onde estava sua sobrinha e a mandou tomar um banho e se arrumar. Lisa questionou o porquê dela se arrumar a aquela hora e Elisabete disse que ela atenderia o patrão. A garota ficou nervosa mas após a encorajar falando que ele poderia a deixar ficar e até poderia a ajudar a estudar, Lisa ganhou coragem e fez o que a tia mandou. Elisabete deu roupas novas a garota e lhe arrumou o cabelo, ela não precisava de muito para ficar linda, apenas tinha de parecer o mínimo decente pois o patrão jamais olharia para uma criada. Assim que terminou de a arrumar, Elisabete levou a garota até a casa grande, deu o kit de primeiros socorros a ela e lhe deu instruções de como chegar ao quarto do patrão. Elisabeta viu a moça subir as escadas e sorriu. Agora era só esperar o patrão ver nela seu antigo amor e se apaixonar por ela, e com sua orientação, Lisa se casaria com ele e se tornaria a dona daquela casa e a senhora Santori Di Marino, e ela seria como sua "mãe". A mulher sorriu orgulhosa de seu "plano perfeito" .... Lisa bateu a porta do quarto duas vezes, e como sua tia a orientou caso não ouvisse resposta, abriu a porta do quarto e entrou ficando impressionada com o tamanho do local, o quarto era maior que sua casa toda onde vivia com Seus tios. Lisa tentou não se deslumbrar como em todo o caminho pela mansão até ali. A moça olhou a volta Não vendo ninguém no cómodo mas como sua tia havia orientado, ela ficou ali parada esperando. Não demorou muito e Lisa ouviu uma das portas ali dentro do quarto ser aberta e se assustou mas logo se recompôs tomando a postura reta de frente para porta que se abriu e dela saiu o belo homem vestindo apenas um roupão mal fechado com a fita deixando boa parte de seu peito a mostra. Lisa corou ao ver o homem seminu e baixou a cabeça envergonhada. –m-me desculpe senhor.– disse com a voz baixa quase inaudível. Giovanni olhou previamente para criada estranhando o facto dela estar sem uniforme, mas não deu muita importância. –Traga a caixa.– disse caminhando para o criado mudo ao lado da cama. –Senhor?– perguntou Lisa uma vez que ele tinha falado baixo e levantou a cabeça olhando na direção do homem que estava de costas, mas logo se virou olhando para ela. –Eu disse para trazer...– Giovanni congelou por completo ao olhar o rosto da moça. Seu corpo petrificou, seu coração acelerou mais que nunca fazendo seu peito subir e descer com certa frequência, e seus olhos estavam vidrados na mulher a sua frente. Estaria tendo mais uma de suas alucinações? Mas fazia anos que ele não tinha, por que a estava vendo agora... –Senhor?– Chamou Lisa e se assustou com o som do jarro de vidro caindo no chão. Ao ouvir a voz dela soando tão real, Giovanni deu um passo para trás e derrubou o jarro que estava no criado mudo. –Eu Limpo.– disse Lisa se aproximando e se baixou para começar a pegar os cacos. Giovanni viu a mulher se aproximar e seu coração acelerou mais ainda, quanto mais se aproximava, mais real parecia... Os olhos do homem caíram sobre a mulher que se baixou ao seu lado e pode sentir claramente aquele aroma... Era o aroma dela. Lisa ia pegar no primeiro caco de vidro quando sentiu uma mão segurar seu pulso com certa força e a levantar. A moça fez uma cara de desconforto e tentou puxar seu braço de volta sem sucesso. –S-Senhor, está me machucando.– disse e levantou a cabeça olhando para o homem que a encarava com a expressão séria e confusa. "Não, eu não posso estar ficando louco a esse ponto. É ela, é realmente ela" –Minha Luna...–