Hanna
— Talvez. Ande, me deixe fazer isso. — Tentei pará-la.
— Não. Eu faço. — Insistiu. — Seus cabelos estão secos, precisa passar óleo.
— Tudo bem, não me importo. Eu apenas faço uma trança e está bom.
— Você é bonita, devia ser mais feminina.
— Já me disseram, mas nunca fui delicada. Minha mãe disse várias vezes que quando eu era criança, só andava suja e correndo com os garotos, até batia neles, enfim, gosto de ser assim.
— Entendo.
Yuna não insistiu nesse assunto felizmente. Ela lavou meus cabelos e me ajudou a me esfregar, depois de tudo, penteou meus cabelos e fez uma trança atrás.
Quando terminei e olhei no espelho, me vi diferente. A roupa era bonita e o tecido novo, simples, mas em nada se comparava às roupas encardidas e gastas que eu costumava usar.
O vestido vermelho longo tinha um avental preto amarrado na cintura, o tecido era pesado e confortável. Podia dizer que estava na medida, pois o decote era discreto e as mangas, apesar de longas, ajustavam-se bem aos meus braç