Hanna
— Cada vez mais me convenço que deveria arrancar sua língua. Fique em pé, eu não disse que podia sentar.
O que?
Esse maldito. Ficar em pé? Sinto vontade de jogá-lo em um poço profundo para que ele se afogue. É uma pena que vampiros não morram tão facilmente.
Tudo bem, se ele me queria em pé, me teria em pé. Ele acha que eu não aguento? Há! Ele está muito enganado. Eu trabalho o dia inteiro no campo, tenho mais resistência do que os servos desse castelo.
Ficar em pé não era nada, mas eu preferia estar esfregando o chão da sarjeta ao invés de estar aqui igual a uma estátua. Ainda por cima, tinha que ficar olhando para ele.
Suspirei e virei para a pintura na outra parede. Eu não ia dar esse gostinho a ele. Pelo menos a sua cara, não iria encarar.
Era uma birra, talvez, mas eu odiei a forma como ele me tratou no nosso primeiro encontro. Honestamente, não esperava muito, ele é o príncipe, afinal. No campo, nós humanos não somos tão subjugados como eu fui aqui.
Sim, existe uma cobranç