Isabela abaixou a cabeça suavemente, com os longos cílios escondendo seus pensamentos.
— Por que não fala nada? — Perguntou Caio.
Isabela continuou em silêncio.
Não se sabia se ela não tinha escutado ou se estava imersa em outros pensamentos.
Caio suspirou:
— Esquece, resolve você mesma.
Ele também não tinha certeza se Isabela o estava ouvindo, mas mesmo assim continuou:
— Foi minha culpa te influenciar... Se eu não estivesse doente, não precisaria incomodar tanto o Jorge, e eu também não teria esse sentimento de dívida. Muito menos precisaria que você fosse até a família Neves.
Ele sentia que Jorge havia sido um verdadeiro filho para ele.
Mesmo com a vida tão corrida, Caio sabia que o genro sempre encontrava tempo para cuidar de tudo com atenção.
Se a filha ainda tivesse atritos com a família dele, ele se sentiria em dívida com todo o esforço de Jorge.
Caio sabia, no fundo, que esse sentimento de culpa era apenas dele e que não cabia à filha pagá-lo por isso.
Mas então, o que mais ele