Olhar para ela era como olhar para um estranho.

A luz nos olhos de Clara foi desaparecendo lentamente, até que ela abaixou a cabeça com calma.

— Sinto muito.

Jorge disse:

— Não venha, ninguém pode vir.

Era óbvio que ele dizia isso para sua mãe.

Então, se virou e entrou no quarto.

O corpo de Alícia tremeu levemente, e ela quase caiu.

No quarto.

Ao ouvir Jorge entrar, Isabela fechou os olhos, fingindo dormir.

Através da porta, ela conseguia ouvir tudo, mas já não tinha forças para enfrentar.

Ela não queria ver ninguém.

E não queria dizer nada.

Ela sentia aquele corpo familiar chegar ao lado da cama, a sombra se aproximando dela.

Lentamente, ela virou a cabeça, virando o rosto para o outro lado, de costas para Jorge.

Ela pensou que conseguiria aguentar.

Na frente dele, não deixaria cair uma única lágrima.

Mas, ainda assim, seu coração doía tanto.

As lágrimas desceram incontroláveis pelos cantos de seus olhos.

Sua mão foi tomada e, embora quisesse se afastar, foi firmemente segurada.

Os lá