Alícia se sentou no sofá:
— Não pergunte mais.
Pelo seu comportamento, parecia que era verdade.
A respiração de Jorge ficou ofegante.
— Também fui pressionada, não tive escolha...
As lágrimas de Alícia desciam sem parar.
Ela colocou as fotos que havia recebido sobre a mesa.
— Se a Isa não ajudar, a Clara não vai ser salva...
— Ela está grávida. — A voz de Jorge era baixa, fria.
Ele levantou a cabeça, olhou para as fotos na mesa e disse:
— Ela não ouviu nossos conselhos, e acabou assim. Tudo foi culpa dela, e você ainda quer que a Isa ajude? Você não sabe quem é o Sandro?
Alícia sabia que estava errada, sabia que não deveria ter feito Isabela, grávida, trocar sua filha por ela mesma, pois, ao ser descoberta, só a chamariam de insensível.
— Eu pensei que, quando você lidasse com as coisas, sempre fosse capaz de manter a clareza e a razão, sabendo o que fazer e o que não fazer. Foi por isso que fiquei tranquila em deixá-la no país, achei que você cuidaria bem dela, mas não imaginei...
Jor