Alícia sorriu:
— Você é quem é inteligente, teve a ideia de fazer algo assim. Caso contrário, ela teria sido enganada e ainda diria que a culpa é dos outros.
— Eu sou tão burra assim? — Clara, parecendo uma gata com o rabo pisado, não teve tempo nem de chorar, enxugou as lágrimas e ficou na porta. Sua voz estava rouca, e, com dificuldade, falou. — Ela parecia tão boa, como poderia me enganar?
Até agora, Clara ainda não conseguia entender.
A Rita que ela viu no quarto, com os olhos cheios de desejo por amor, e sua reação quando foi rejeitada... Parecia um sonho.
Mas era um pesadelo.
Uma pessoa boa de repente parecia ter se tornado má.
Ou seria ela capaz de se disfarçar tão bem?
Como alguém poderia mudar assim de repente?
Ou será que a natureza humana era assim?
Era a primeira vez que Clara sentia a falsidade humana de forma tão real. Era uma sensação tão irreal.
— Você é que tem pouca experiência. — Alícia observou os olhos vermelhos da filha e ainda sentiu um pouco de pena. — Não chore