A mão de Isabela soltou devagar, e ela levantou o olhar para ele.
— Você já sabe de tudo, né?
— Já sim.
Jorge ficou irritado só de pensar naquele plano dela.
Usar ela mesma como isca?
Como ela podia ter pensado naquilo?
— Atrair ele, falsas provas... Isso não vai bastar para condenar ele. — Jorge foi até a parede e acendeu a luz. — Você é advogada, não sabe disso?
Com um clique, o lustre de cristal no quarto acendeu na hora.
Isabela conseguiu ver ele claramente.
Ele vestia uma camisa preta toda amassada, e o paletó estava jogado no sofá.
Parecia que ele tinha acabado de chegar, nem deu tempo de se arrumar direito.
— Você está bravo? — Isabela se aproximou e passou o braço em volta da cintura dele por trás. — Se eu estou apostando nesse plano, é porque tenho certeza de que não vai ficar nenhum fio solto. As provas que juntei, com certeza vão servir. Se não, todo esse tempo de advogada teria sido em vão, né?
Jorge riu, meio irritado.
Ele virou de frente e segurou o rosto dela com as duas