Ela não conseguiu dormir bem, e Jorge também quase não dormiu a noite inteira.
— Isa... Nascimento, envelhecimento, doença e morte são coisas que todo mundo vai passar um dia. A gente também vai envelhecer, vai deixar esse mundo. Quando perdemos pessoas queridas, a gente tem que encarar isso com calma. — Ele tentou consolar ela.
Isabela virou de lado e se encolheu no colo dele.
— Eu sei.
Ela entendia o que ele dizia, só que perder alguém tão próximo de repente deixava o peito vazio só de pensar que nunca mais ia ver aquela pessoa.
— Pode ficar tranquilo, eu estou bem. — Ela falou com a voz fraca e rouca.
Nos últimos dias, ela quase não tinha comido nada, estava sem energia, e ainda com a garganta seca de tanto chorar.
Jorge levantou para pegar um copo de água para ela.
Ela tomou alguns goles e depois deixou ao lado.
— Me abraça para dormir, tá bom? — Isabela esticou o braço e enrolou no pescoço dele.
— Tá bom.
Jorge a envolveu de novo no abraço.
Ela ficou quietinha, aconchegada no colo