— Você vai lá chamar eles pessoalmente. Isso sim é dar moral para o seu irmão. — Disse Alícia.
Clara ficou em silêncio por um instante.
— Mas...
— Mas nada! Já falei até ficar com a boca seca. Você ainda não entendeu o que eu quis dizer?
— Entendi, entendi sim.
Clara soltou a manga da mãe.
— Mãe, me responde uma coisa... Você ama mais a mim ou ao meu irmão?
— Amo igual. — Alícia respondeu sem hesitar.
Mas Clara franziu os lábios, desconfiada:
— Não acredito! Dá para ver que você tem mais carinho por ele.
Resmungando, ela começou a subir as escadas, contrariada.
No andar de cima, no quarto de Jorge.
Isabela estava parada na janela, olhando distraidamente para a chuva batendo no vidro, com a cabeça longe.
Jorge conseguia lidar com qualquer situação, menos com a irmã mimada que cresceu sendo tratada como princesa. Ele não queria forçar demais.
Se fosse duro com ela, Clara só iria implicar mais ainda com Isabela.
Roberto tinha dito que vinha tentando conversar com Clara e que ela estava ma