Isabela só conseguia sentir que ele era distorcido por dentro.
Afinal de contas, foi ele quem errou primeiro.
Mas aquele não era o momento para discutir quem estava certo ou errado. Provocar ele naquele momento não ia trazer nada de bom.
— Eu te trato mal? — Ele gritou. — Eu gosto tanto de você, eu te amo de verdade, e mesmo assim você não me olha, não aceita o que eu sinto! Me diga, o que tem de errado comigo, hein?!
Isabela só conseguia sentir uma dor insuportável. Parecia que ele ia esmagar o osso do queixo dela.
Com dificuldade, ela conseguiu soltar algumas palavras, em meio a pausas doloridas:
— Você é... Bom... Sempre achei isso...
— Então por que você não me ama?!
— O amor... Depende... De destino...
— Eu te conheci antes do Sandro! A gente tem mais destino do que vocês dois!
Por causa da dor, o suor brotava em gotinhas finas na testa de Isabela.
— Danilo... Por favor... Me solte... Por favor...
Ele olhou nos olhos dela, ficou em silêncio por dois segundos, e então soltou a mão