Ela ofegava suavemente, seus olhos transmitiam um desejo profundo e uma sensação de confusão. Seus dedos se contraíram, apertando ele ainda mais.
Talvez tivesse sido o tempo sem um relacionamento, ou talvez fosse a emoção incontrolável do reencontro após tanto tempo, fazendo com que, naquele momento, tudo transbordasse.
A fachada de força que ela havia criado finalmente desmoronou.
Sua voz estava rouca, quase irreconhecível:
— Eu ouvi tudo o que você e o professor Davi disseram. Nunca imaginei que a pessoa que eu admirava e amava seria você...
— Eu te amo desde antes.
— Desde antes? O que você amava em mim? — Ela achava que não havia nada nela que fosse digno de ser amado, além de sua juventude.
Jorge observou o rosto dela. Talvez, no começo, o que o fez se apaixonar tivesse sido exatamente aquele rosto e aqueles olhos. Mas, no fim, o que realmente o fez gostar dela foi o jeito dela.
Seus lábios quentes roçavam o pescoço dela, seu hálito se misturando ao som de sua respiração. Sua voz