A garota continuou em silêncio.
Com a expressão vazia, olhou para Isabela e curvou levemente os lábios num sorriso sarcástico.
Era como se dissesse: "Você está aqui para defender aquele monstro, né?"
Isabela entendia o que ela estava sentindo.
Não se apressou e falou com uma calma gentil:
— Se você conseguir apresentar provas da sua primeira acusação... Aquela que você mencionou na carta, dizendo que era muito pequena e não se lembrava direito, isso pode agravar o caso. Naquela época, você era só uma criança, e se houver provas válidas, a pena dele pode ser mais pesada.
Mas a garota não reagiu. Continuava alheia a tudo.
Isabela pensou que talvez ela só precisasse de silêncio. Se continuasse insistindo, provavelmente não conseguiria nada.
Ela suspirou, meio sem saber o que fazer.
Foi naquele momento que a porta do quarto se abriu de repente.
A mãe da garota havia voltado.
Ela tinha saído do hospital, mas, ao perceber que tinha esquecido a bolsa no quarto, voltou para buscar.
Ao abrir a