— Ela disse que foi desde pequena. Como era muito nova, não lembrava direito, mas se lembrava de alguém tocando nela, pressionando ela, coisas assim.
— Você só ficou sabendo disso agora? — Isabela perguntou.
A garota respondeu:
— Sim, depois que meu pai e minha mãe se separaram, eu fiquei com minha mãe. Eu fui morar no exterior bem cedo, mas voltei por causa disso, por causa do meu pai.
Isabela acenou com a cabeça e perguntou:
— Eles moravam na mesma casa?
— Sim. Minha irmã tinha o quarto dela. Meu pai entrava quando a mãe dela não estava. Ele era padrasto dela, e... Fazia essas coisas. — Ela engoliu seco. — Minha irmã sempre foi muito quieta, e a mãe dela tinha pavio curto. Por isso ela cresceu com medo da família. Na carta, ela contou que os abusos começaram na infância e continuaram até o primeiro ano do ensino médio. Foi quando ele realmente abusou dela pela primeira vez. Tipo, quando ela já entendia o que estava acontecendo.
— Ela tinha essas memórias de infância, mas sem muita ce