Empurrado para o canto, Hélio permaneceu imóvel, completamente desorientado diante da situação.
Viviane, por outro lado, demonstrou familiaridade com Jorge. Hélio não teve alternativa senão recuar silenciosamente.
Com um olhar penetrante, Jorge examinou Isabela dos pés à cabeça. Apesar do frio cortante daquela noite, o rosto dela exibia um rubor intenso, enquanto pequenas gotas de suor brotavam em sua testa pálida.
— Aquele desgraçado a drogou. — Sibilou Viviane, com a voz trêmula de ódio e os punhos cerrados.
Os olhos de Jorge se tornaram gélidos como o aço.
— Quem foi o responsável? — Indagou ele, com uma tranquilidade que apenas intensificava sua ameaça velada.
— O Danilo. — Respondeu ela entre dentes, com veneno na voz. — E pode acreditar, ele vai pagar caro por isso.
Sem perder nem um segundo sequer, Jorge tomou Isabela nos braços com surpreendente delicadeza.
— Vou cuidar dela. — Ele afirmou com determinação, enquanto Viviane disparava pelos corredores em busca de assistência méd