Alícia sorriu para a filha:
— De onde você tirou dinheiro?
Clara respondeu rapidamente:
— Do meu dinheiro guardado, claro! Do que você e o papai me deram, e do que meu irmão me dava antes. Eu tenho minhas economias. — Ao falar de dinheiro, Clara fez um biquinho e, com um tom um pouco magoado, continuou. — Faz muito tempo que meu irmão não me dá mesada.
— Você já está bem crescida, ainda quer mesada?
— Não importa o quanto eu cresça, ainda sou irmã dele, não sou? E, mesmo que eu cresça, continuo sendo sua filha! — Ela se aconchegou no colo da mãe. — Mamãe, eu vi uma bolsa que gostei muito. Compra para mim?
Diego comentou:
— Você não acabou de dizer que queria comprar um vaso antigo para sua mãe? O vaso antigo ainda nem foi comprado, e já quer que sua mãe compre uma bolsa para você? Achei que você tinha aprendido a ser mais atenciosa, mas, no fim, só está de olho no dinheiro da sua mãe.
— Pai, eu realmente vou comprar o vaso para a mamãe. Quero dar o vaso porque amo a mamãe, e a mamãe me