Jorge se virou para ela com um olhar que parecia perguntar: "Por que você só está me contando isso agora?"
Isabela explicou:
— Ainda não tinha pensado em como falar.
— Se você não quiser ir...
— Quero ir. — Isabela respondeu rapidamente.
Jorge parecia entender o que ela estava pensando.
— Você quer ir para ver o pretendente da Clara, não é?
Isabela olhou para ele, com um sorriso cheio de segundas intenções:
— Não quero ver o pretendente da Clara. Quero ver a irmã dele.
Jorge finalmente entendeu e franziu a testa.
— Além disso... — Isabela se aproximou dele, com um tom leve e brincalhão. — A Clara é sua irmã. Chamar ela pelo nome completo não é um pouco rude?
Jorge manteve o olhar fixo para frente, sem dar importância ao comentário.
— Você não disse que não estava brava?
Isabela respondeu:
— Não estou brava, só estou curiosa.
Jorge permaneceu em silêncio.
...
Chegou quarta-feira.
Sete e vinte da noite.
Isabela havia se arrumado especialmente para a ocasião.
Jorge, no entanto, parecia in