Ainda bem que o elevador não estava cheio. Isabela levantou os olhos para ele e disse:
— Me coloque no chão.
Jorge abaixou a cabeça e olhou para o rosto dela.
— Eu nem sabia que você me amava tanto assim.
Isabela ficou um instante surpresa, depois reagiu com irritação:
— Além de me seguir, ainda ficou escutando minha conversa? — Ela se debateu. — Não é à toa que a Clara diz que você é traiçoeiro.
— Fique quieta. — Ele a segurou com mais força — Se continuar assim, não prometo que não vou fazer alguma loucura aqui mesmo.
Isabela parou de se debater, furiosa.
— Sabia! Vocês são todos farinha do mesmo saco.
Aquele jeito dele não era diferente da Clara. Eram mesmo irmãos de sangue.
Com um "ding", o elevador parou. Jorge a carregou para fora e seguiu em direção ao carro.
Quando chegaram, ele a colocou no chão e abriu a porta. Isabela entrou logo de uma vez.
Jorge deu uma risadinha:
— O que foi? Eu sou um lobo, é? Está correndo por quê?
Isabela lançou um olhar fulminante para ele:
— Da próx