Claire
A chuva batia suavemente contra as janelas da mansão, criando um ritmo constante que parecia acompanhar meu coração inquieto. Lucas estava no escritório, imerso em uma pilha de documentos que ele insistia em analisar. Não importava o que acontecesse, ele permanecia o mesmo homem meticuloso e dedicado que sempre foi. Ou, pelo menos, era o que eu queria acreditar.
— Mamãe? — a voz de Gabriel chamou do corredor.
Ele apareceu na porta com um livro na mão, os olhos ansiosos brilhando com curiosidade.
— Posso mostrar algo ao papai? — perguntou, segurando o volume com ambas as mãos.
Eu olhei para ele, hesitante. Lucas ainda estava em um estado delicado, e não sabia como ele reagiria a um gesto tão inocente, mas potencialmente carregado de significado.
— Claro, querido. Vamos juntos, — respondi, oferecendo minha mão.
Gabriel me seguiu alegremente enquanto caminhávamos em direção ao escritório. Quando abrimos a porta, encontramos Lucas com as sobrancelhas franzidas, os olhos fixos em um