Ela é um enigma que insiste em me desafiar.
Sofia
Borboletas.
Odiosas borboletas batem asas no meu âmago, criando um furacão que parece consumir o pouco da minha paz. Mordo meus lábios, tentando disfarçar a hesitação que me paralisa. O que devo responder?
Já é uma tortura estar perto desse Adônis todos os dias, com sua presença avassaladora que confunde meus sentidos. Agora, ele quer que eu passe o final de semana trabalhando como babá? Para ele?
— Pagarei bem por isso — reforça Ozan, a voz tão segura quanto o olhar ansioso que repousa sobre mim. Ele está nervoso, posso perceber. — Diga que aceita, por favor. Estou meio desesperado. Ela desmarcou na última hora.
Inalo profundamente, forçando o ar a atravessar meus pulmões enquanto minhas mãos, pousadas no colo, se apertam. Tento pensar na criança.
O pequeno.
É claro que penso nele.
Eu sei como é crescer sem uma mãe. A dor dessa ausência é algo que carrego comigo até hoje, mesmo que minha babá tenha se dedicado a mim de corpo e alma. Mas não é a mesma coisa. Nunca será. Aquele v