—É um começo, — eu o tranquilizo. —Passos de bebê, ok? — Tudo o que quero fazer é  envolvê-lo em meus braços e tirar toda a sua dor e frustração, mas ele parece tão frágil que temo  tocá-lo, apesar do quanto isso iria diminuir o desconforto persistente que vai da ponta dos pés até  minha cabeça. Meu otimismo habitual tem sido colocado a prova nas últimas semanas, e  simplesmente não consigo evitar a sensação de que isso não é a pior parte. Que algo mais está à  espreita no horizonte esperando para nos bater novamente.
—O que mais você se lembra? — Eu solicito, querendo ter a sua mente fora de sua mão.  Ele me dá suas lembranças do dia, pequenos pedaços estão faltando aqui e ali. Os detalhes  não são muito grandes, mas noto que quanto mais perto ele chega do início da corrida, quanto maior  são os espaços vazios. E cada pedaço do quebra-cabeça parece ficar cada vez mais difícil de  lembrar, como se ele tivesse que agarrar cada memória e fisicamente puxar isto de seu cofre.  Dando um