Rosa acordou, fez sua higiene matinal e tomou um café. Viu, pela janela, quando Guilherme saiu em uma moto. Era uma manhã de domingo.
Ela pegou os tecidos e foi para a mansão costurar — assim aliviaria a tensão. Rosa perdeu a noção do tempo costurando, nem percebeu quando Guilherme chegou.
— A cabeça dói? — ele perguntou, com voz grave.
Ela gritou de susto, levando a mão ao peito.
— Tá tentando bater meta em sustos? Deus! Vai me matar a qualquer hora... — reclamou, ofegante.
Ele se aproximou dela, a expressão carregada, como se lutasse consigo mesmo.
— Me perdoa por ter deixado você beber? — a voz era sincera, cheia de culpa.
Ela levantou-se devagar.
— Eu perdoo... Entendo que você não sabe quem eu sou. Mas juro que não vou prejudicar você.
— Sei que não... — ele suspirou, desviando o olhar. — Não tenho medo disso. E não tô assustado e confuso por esse motivo.
— E o que é então? — ela perguntou, franzindo o cenho.
Ele se aproximou mais um pouco, com os olhos fixos nela. Com delicadeza