Los Angeles, Califórnia
Melanie, ou apenas Mel como gosta de ser chamada, dirigia seu AUDI branco pela avenida da praia de Santa Mônica. A enfermeira de vinte e oito anos, tinha verdadeira paixão pelo automóvel adquirido através de muito trabalho e plantões de vinte e quatro horas. Era um carro pequeno para uma mulher grande, com curvas volumosas graças a sua alimentação tóxica composta por fast food e refrigerante. Mel não era nutricionista para ter que se preocupar com o que comia quando chegava em casa, ou no intervalo do trabalho no hospital Medical Center Los Angeles. Ela amava comer e nunca se preocupou com o excesso de peso. Seus pais eram gordos e na terceira idade, vendiam saúde. Mel se convenceu que ela vinha de uma linhagem de negros fortes, saudáveis e apaixonados por doces, frituras e massas. Não era um pensamento coerente para uma profissional de saúde, mas foda-se. Se tinha uma coisa que Mel prezava acima de tudo, era comer bem para compensar o seu trabalho exaustivo. Mal podia acreditar que tinha saído de férias depois de cinco anos, trabalhando igual uma condenada para pagar o carro e dar entrada em um pequeno apartamento em Santa Bárbara. A enfermeira conseguiu um trabalho provisório só para pagar algumas contas sem precisar importunar os seus pais. Era para dar banho em um garoto paraplégico, remédios, fazer curativos e pronto. Com experiência, Mel acreditava que poderia fazer tudo até na hora do almoço, teria a tarde livre e o pagamento era tentador. Por isso, ela estava sorridente a caminho de Beverly Hills. Ao fundo, a belíssima praia de Santa Mônica, e no carro, Mel acompanhava Beyoncé. Ela tamborilava os dedos no volante enquanto cantava o refrão de Halo. Um mês após completar dezoito anos, e ganhar uma Lamborghini Aventador do pai de presente de aniversário, Nick ainda sentia fortes dores nas pernas, apesar de ter perdido os movimentos dos membros inferiores. Segundo os médicos, não tinha nada que o impedisse de andar. Ele não tinha sofrido lesões neurológicas e nem na medula. Ele tinha forças nos braços musculosos, tinha ereções, sabia a hora que queria urinar e defecar, e conseguia fazer as necessidades fisiológicas normalmente. Contudo, suas pernas se tornaram inúteis. Para qualquer adolescente, ficar preso a uma cama, era pior do que a morte. Para Nick, um garoto bonito, milionário, mimado ao extremo e com o sonho de ser jogador de futebol, o acidente de carro tinha tirado tudo dele. Principalmente, a vontade de viver. O corte profundo do lado esquerdo do abdômen, causado por ter ficado preso nas ferragens, não cicatrizava e doía tanto quanto as pernas que tiraram a sua liberdade de ir e vir. Enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos foram contratados, e não aguentaram o temperamento explosivo de Nick. Em um mês, a sua fama de riquinho mimado, já tinha corrido por entre os profissionais de saúde, o que ficou mais difícil para Helena conseguir alguém para cuidar do filho. Contra a vontade dela, seu ex-marido Michael, deu um carro para o filho, e desapareceu do mapa após o acidente. A empresária de sucesso, dona de uma rede de hotéis de luxo em toda a Califórnia, não sabia mais o que fazer. Em um jantar de negócios em Riverside, Helena conheceu Sarah. Uma mulher que contratou uma enfermeira para cuidar da sua filha que teve leucemia e estava curada. A empresária ficou tentada a contratar a enfermeira negra, mesmo sabendo que o filho tinha aversão por pessoas que não fossem da raça ariana. Helena não tinha mais nada a perder, a não ser, a própria sanidade mental. Nick estava fora de controle nas duas últimas semanas. Ele passou a ficar mais agressivo do que já era, se recusava a comer, tomar banho, sentar na cadeira de rodas ou sair da cama para usar o banheiro que ficava dentro do seu quarto grande e espaçoso. Ele passou a fazer as necessidades na roupa, e atirava tudo o que estava ao seu alcance nos enfermeiros. A janela do quarto que dava vista para a praia, não podia ser aberta, ou Nick gritava até perder a voz. Ele era um garoto forte fisicamente, de modo que conseguia agredir todos que chegavam perto dele. Helena entendia o descontrole emocional do filho, mas aquilo ultrapassava os limites da insensatez. Então, ela ligou para Melanie Collins, e esperava ansiosa pela chegada da enfermeira. Nick iria ter um surto, e Helena estava disposta a gastar o dinheiro que precisasse para trazer o filho de volta do abismo em que ele se encontrava. Mel ficou chocada com o tamanho da mansão de três andares, branca com pilastras em estilo vitoriano, bem comum em toda Califórnia. A imponente propriedade lembrava um castelo daqueles que Mel só tinha visto em filmes. O esquema de segurança era composto por homens altos de terno e gravata. A piscina de borda infinita, fazia uma linha com o mar ao fundo. Ela foi orientada a estacionar o carro ao lado de um Rolls-Royce que reluzia a pintura preto metálico. Devidamente uniformizada de camiseta, calça jeans e Nike, tudo branco, Mel prendeu o cabelo cacheado castanho escuro em um coque apertado, pegou a bolsa branca na qual ela carregava o mundo e o fundo, e saiu do AUDI. Ela foi recebida no hall de entrada da mansão luxuosa toda decorada em tons pastéis que davam ao ambiente luxo e sofisticação. Helena foi ao seu encontro com um sorriso desesperado, de uma mãe que estava prestes a desmoronar. As duas mulheres trocaram um forte aperto de mão. Elegante de blazer, saía e sapatos na cor azul marinho, Helena estava com uma maquiagem leve em seu rosto bonito, ela tinha olhos azuis e cabelos negros, curtos e liso. Era alta e esbelta. - Antes de mais nada, eu quero dizer que estou muito feliz por você estar aqui. Eu já quero me desculpar por qualquer coisa que o meu filho diga ou faça. Ele está um pouco sensível. Mel continuou sorrindo, exibindo os dentes brancos, brilhantes e bem alinhados graças ao uso de aparelho ortodôntico por três longos anos. Porém, ela ficou um pouco receosa. Mas ao se lembrar do kit festa que pediria ao chegar em casa, e pagaria com o dinheiro que receberia pelo dia de trabalho, ela seguiu Helena com determinação. Nenhum garoto mimado iria frustrar os seus planos de comer dezenas de coxinhas com guaraná. No segundo andar, quando a porta do quarto foi aberta, Mel sentiu o estômago revirar com o cheiro de urina e fezes. Helena tampou o nariz, sorriu para ela e disse com a voz abafada. - Você foi muito bem recomendada. Eu tenho certeza que pode lidar com isso. A única certeza que Mel teve, foi que ela iria perder peso. Não era possível alguém sentir fome depois de sentir aquele cheiro de esgoto a céu aberto. Mel sabia que tinha uma máscara de tnt perdida em algum lugar dentro da bolsa. Mas ela pensou melhor e achou que só uma máscara de gás poderia ser útil. Helena entrou e acendeu a luz do quarto. Ela tinha dito por telefone que o filho era hostil com todos, e que Mel poderia colocar em prática os seus métodos para lidar com pacientes agressivos. A enfermeira negra ficou descrente ao olhar para a cama de casal forrada com roupas de cama pretas. Lençol, fronha e edredom, tudo preto. A cama ficava em baixo da enorme janela de vidro que estava com as persianas abaixadas, deixando o quarto escuro e abafado. Do lado direito, um armário embutido se erguia do chão até o teto, ocupando toda uma parede, feito de madeira e pintado de branco. Em frente a cama, painel com tv, aparador com aparelhos eletrônicos, e do lado esquerdo, uma poltrona preta reclinável, cômoda com vários tipos de suplementos e remédios, uma caixa grande de primeiros socorros e outros itens. A porta do banheiro estava aberta e Mel viu a enorme jacuzzi de mármore branco. Tudo a deixou impressionada. Como alguém poderia ter tanto dinheiro? Mas o que de fato, a deixou pasma, foi o seu futuro paciente. Sem desviar o olhar de um par de olhos azuis tão descrentes quanto os dela, Mel disse confusa: - Você disse que era um menino. Helena franziu a testa pressionando o nariz com o dedo polegar e o indicador. - Mas ele é um menino. Mel negou com a cabeça para tentar se livrar do cheiro forte, e do olhar de ódio do garoto mijado e cagado na cama. Ele era um cavalo de grande porte, e forte igual um touro. - Eu pensei que era uma criança. Só de cueca samba canção preta, Nick tinha tatuagens cobrindo seus braços e tórax definido. Ele tinha um ferimento no abdômen trincado, e suas pernas musculosas, eram tão grossas quanto as pernas gordas de Mel. Obviamente, que ele estava perdendo massa muscular e peso. Era possível ver que apesar daquela montanha de músculos, o "menino", estava começando a apresentar flacidez nos braços e pernas. Mel não olhou direto para o meio das coxas de Nick, mas ela poderia jurar de pés juntos, que ele estava com algum tipo de fralda por baixo da cueca. O rosto bonito e sensual estava pálido, em contraste com o cabelo preto curto, alto em cima, e raspado nas laterais. Mel tinha até esquecido do cheiro e respirou fundo. Ela sufocou e tossiu para aliviar a garganta. Agarrando o touro à unha, Helena não deixaria Mel sair sem tentar. Ela pegou a enfermeira pela mão e chegou mais perto da cama. - Nick, essa é a Mel. Uma enfermeira de grande prestígio que vai nos ajudar a dar uma qualidade de vida melhor para você. Seja educado com ela. Mel ganhou um olhar crítico. Nick virou o rosto para o outro lado. - Tira esse hipopótamo da minha frente. Helena corou. Mel revidou. - Babuínos são rastreados pelo cheiro da bosta. Nick franziu a testa e virou a cabeça em direção a enfermeira negra e gorda. Ele perguntou perigosamente: - O que você disse? Mel cruzou os braços. - Babuínos são macacos africanos. Eles são encontrados por caçadores pelo cheiro da bosta. Por sorte, não estamos na África ou você seria um alvo fácil. - Eu não sou um macaco! - É claro que não. Eles não deitam em cima da própria merda. - Mãe! Chocada, Helena olhou do filho para Mel, e de volta para o filho. Ela disse o óbvio: - Você a ofendeu primeiro. Não volte a fazer isso e peça desculpa pelo seu... - Não fale com ele como se ele fosse um menino de cinco anos. - Mel disse sorrindo para Helena. - Ele é um baita marmanjo. Com a sua permissão, eu vou fazer o meu trabalho. Helena hesitou diante do olhar de Nick. Porém, ignorou o filho mimado pelo pai e sorriu para Mel. - Ele é todo seu. A empresária foi em direção a porta mesmo com os gritos estridentes de Nick. Ela se virou quando ele ficou em silêncio. Mel ergueu as persianas e abriu as janelas. Para fazer aquilo, ela tinha subido na cama, colocado um joelho de cada lado da cabeça de Nick e roçava a bunda grande na cara do seu filho. Helena não pensou em intervir nem por um segundo. Ela ria ao deixar o quarto. Mel valeria cada centavo. Com sorte, ela faria Nick voltar a andar, nem que fosse na força do ódio.Nick sentiu a costura da calça jeans de Mel encostar na ponta do seu nariz. Ele teve medo de ter o rosto esmagado por aquela montanha de gordura, e ficou imóvel até ela sair de cima dele com uma expressão séria. Com as janelas abertas e o quarto arejado, Nick olhou para si mesmo e sentiu raiva.- Fecha as janelas! É uma ordem!Mel colocou as luvas e bocejou com desdém.- Eu estou trabalhando. Por favor, não me interrompa.Mesmo debilitado, o garoto apoiou os cotovelos na cama e ergueu o tórax nu para se fazer parecer no controle.- Eu vou te processar por maus tratos!- Racismo e gordofobia também dá um belo processo.Nick riu com escárnio.- Você nunca ganharia de mim. Eu sou branco, um privilegiado de nascença.Mel colocou as mãos nos quadris largos e olhou para o seu paciente.- Você não parece muito privilegiado agora. Com licença.Ao dizer isso, Mel levou as mãos no cós da cueca de Nick e a abaixou. Ela esperava encontrar uma fralda cheia e arregalou os olhos quando percebeu que
Nick acordou assustado, sentindo que o seu corpo inteiro estava rígido. Mel limpava o canto da sua boca com lenço de papel. Ele odiou ver o olhar de pena dela e se mexeu até os braços dormentes recuperarem os movimentos. Ao falar, sua voz saiu baixa e arrastada.- Não me olhe com pena.- Você já teve convulsão antes?Nick assentiu. Mel percebeu o medo estampar o rosto do paciente mimado.- Depois do acidente?- Eu tenho hipoglicemia. Se eu ficar sem comer por muito tempo, eu sinto tontura e tenho convulsão. Os médicos dizem que eu não tenho nada no cérebro.- Isso é óbvio. Mel sorriu e ganhou um olhar furioso.- Por que você voltou?!- Eu nem cheguei a ir. Além do mais, não podia deixar você convulsionar sem te socorrer. Eu vou medir a sua glicose, pressão arterial e trazer seu café da manhã.- Eu não quero nada disso.Mel levantou da cama.- Não me interessa o que você quer. Eu sou uma profissional. Talvez, precise ir para o hospital imediatamente.- Nem fodendo, Big Mac duplo.- Nã
Medicado, Nick sentou na cadeira de roda motorizada e saiu do quarto pela primeira vez após voltar do hospital. Ele desceu a rampa construída ao lado da escada e saiu para o jardim. Ao lado dele, Mel estava emburrada.Ele respirou ar fresco e parou com a cadeira na área externa da mansão, perto da piscina. Mel sentou na cadeira de uma das mesas e tomou um gole de suco de laranja. - Você terá uma vida fácil aqui, barril destampado.Mel encarou Nick.- Por que me beijou?O garoto sustentou o olhar curioso da enfermeira. Ele respondeu com um sorriso torto.- Eu sou um hétero top que gosta de loira magra de olhos azuis. Mas eu teria que estar morto para não reagir a uma vagina cheirosa na minha cara.- Mesmo sendo preta?- Meu pau não conhece cor quando eu deixo a minha mente livre para sentir.Pensativa, Mel olhou para a piscina e levou o canudo preto na boca. Ela não costumava se importar com o seu peso, mas pensou como seria ter um corpo mais atraente. Ela não percebeu, mas o garoto
Mel foi em direção ao local onde tinha deixado o seu carro estacionado. Para a sua surpresa, um segurança de terno preto, camisa social branca e gravata preta, assim como os sapatos lustrosos, à esperava ao lado de uma Land Rover Evoque prata. O carro grande chegava a ser um escândalo de tão lindo e perfeito.- Senhorita, Melanie. Por aqui. Por favor.A porta do passageiro foi aberta e Mel constatou que o interior do carro, era de couro preto com detalhes prateados. Um luxo. Ela encarou o segurança igualmente charmoso. Alto, pele clara, cabelos loiros, olhos verdes e um sorriso de comercial de pasta de dente.- Eu não entendi.- Dona Helena pediu para mim levá-la e trazê-la de Santa Bárbara. Ela disse que a senhorita vai se mudar para cá e pediu também para mim ajudá-la com isso.- Eu tenho certeza que você tem coisas mais importantes para fazer, e pode me chamar de Mel.- Eu sou o Zeus.- O todo poderoso?O segurança abriu um sorriso largo.- Não. Eu estou mais para o faz tudo no Mon
Enquanto jantava, Nick tinha o olhar fixo na porta do quarto de Mel. Ela estava se organizando, tinha tomado outro banho e vestido um pijama rosa curto de blusa com estampa do Mickey, e um shorts que mal cobria as suas pernas grossas, deixando à mostra as celulites na parte de trás das coxas.O cabelo cacheado castanho escuro era comprido, descendo até quase a sua bunda grande e larga, que balançava igual gelatina enquanto ela andava pelo quarto, guardando as suas coisas nos armários embutidos. Nick olhou para os seios enormes de Mel e soltou um gemido involuntário. Ela percebeu que estava sendo vigiada e fechou a porta. O garoto fechou o semblante.- Eu acabei de comer! Pode levar a bandeja!Mel suspirou. Ela só queria deitar na cama de casal King Size e dormir por horas. Mas algo lhe dizia que Nick não iria facilitar as coisas para ela. Ela já tinha jantado, alimentado Black com ração e ele pareceu ficar bem confortável no corredor da área de serviço.Apesar dos muros altos, ele nã
O sábado amanheceu chovendo e Mel levou Black para o seu quarto durante a noite. Ela deu um alerta para ele não miar em hipótese alguma, e o gato não emitiu um único som. Entretanto, Mel deu um pulo da cama ao acordar e não encontrar o bichinho de estimação.Nick acordou com alguma coisa macia e quente na curva do seu braço. Ao abrir os olhos e acender a lanterna do celular, o susto foi tão grande, que ele não teve reação. O gato preto enfiou a cabeça debaixo do edredom para fugir da claridade e ficou imóvel.Nick franziu a testa quando ele tirou uma patinha para fora e empurrou a mão dele, em um sinal de que não queria a lanterna apontada para a sua cara. A bola de pelo se aconchegou contra o seu peito. O garoto espirrou. Black encarou Nick com curiosidade.Descrente após ouvir Nick espirrar, Mel entrou no quarto e acendeu a luz. Ela não fechou a porta do quarto dela porque Nick poderia ter algum tipo de problema durante à noite. E ela não pensou que Black fosse se enfiar justo na ca
Seus dedos traçaram um caminho pela nuca de Nick que arqueou o corpo musculoso. Mel reprimiu um sorriso cínico. Ela sabia que era muito errado, mas estava gostando de tocar a pele molhada do seu paciente.Ele recostou na borda e ordenou:- Lava o meu peito.Mel sentou do outro lado, ficando de frente para Nick. Ela pensou em dizer para ele mesmo se esfregar, mas mudou de ideia ao ver o tórax molhado, com as tatuagens brilhando em meio a água e espuma.Ela se inclinou para frente e teve dois braços passados em volta da cintura. A enfermeira gritou de susto quando o seu corpo afundou na banheira, jorrando água para todos os lados.Nick riu alto. Mel estremeceu de ódio.- Desgraçado! Imbecil! Filho da pu...Mel foi pega pela nuca com firmeza. Nick olhou para os lábios carnudos dela.- Permissão.A enfermeira ficou atordoada com o olhar diabólico do garoto, e com os movimentos limitados pelo espaço inexistente entre eles. Mel colocou um joelho de cada lado do quadril de Nick e pousou as
A água da banheira tinha esfriado, mas não tinha importância porque dentro dela, fogo e paixão ardia em chamas de desejo. A enfermeira beijou o seu paciente e ganhou uma estocada que arrancou o ar dos seus pulmões.- Tá pensando que acabou?Mel arregalou os olhos negros.- Nós já gozamos.- Eu gozo umas três vezes sem tirar de dentro.Naquele momento, Mel soube com a mais absoluta certeza. Ela estava fodida nas mãos de um garoto tarado que tinha a aceitado exatamente como ela era. Era sobre isso: Aceitação. Mel começou a ficar preocupada. Ela e Nick estavam na banheira há mais de uma hora. Ela tinha gozado três vezes, estava toda dolorida e com as pontas dos dedos enrugadas devido ao tempo dentro da água fria, porém, perfumada.- Chega. Nós temos que sair daqui. O seu ferimento tem que ser lavado, e eu vou fazer uma assepsia. Você não pode ficar tanto tempo sem comer por causa da hipoglicemia.Nick fez biquinho com os lábios que estavam inchados e avermelhados, de tanto beijar Mel.-